A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Leishmania, que são transmitidos pela picada de insetos conhecidos como flebotomíneos, popularmente chamados de mosquito-palha, asa branca ou palhinha. Esses insetos se alimentam de sangue e podem infectar diversos mamíferos, incluindo cães, gatos, cavalos, roedores, marsupiais, preguiças e até mesmo humanos. A leishmaniose pode se manifestar de duas formas principais: a leishmaniose cutânea, que afeta a pele e as mucosas, e a leishmaniose visceral, que afeta vários órgãos internos. Ambas podem causar sérios danos à saúde e até levar à morte, se não forem tratadas adequadamente.

Neste artigo, vamos explicar melhor o que é a leishmaniose em animais, quais são os seus sintomas, como é feito o diagnóstico, como prevenir e tratar essa doença grave. Acompanhe!

O que é a leishmaniose em animais?
A leishmaniose em animais é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania, que são parasitas intracelulares obrigatórios, ou seja, que precisam invadir e se multiplicar dentro das células do hospedeiro para sobreviver. Esses parasitas são transmitidos pela picada de insetos flebotomíneos infectados, que se alimentam de sangue e podem carregar diferentes espécies de Leishmania, dependendo da região geográfica e do reservatório animal.

Os reservatórios são os animais que abrigam o parasita em seu organismo e servem como fonte de infecção para os insetos vetores e para outros hospedeiros. No Brasil, os principais reservatórios da leishmaniose cutânea são os roedores silvestres, os tamanduás e as preguiças, enquanto que o principal reservatório da leishmaniose visceral é a raposa-do-campo. No entanto, o cão doméstico também pode se infectar e transmitir ambas as formas da doença, sendo considerado um importante reservatório urbano.

A leishmaniose é uma doença de distribuição mundial, mas que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais. No Brasil, a leishmaniose cutânea é encontrada em todas as regiões, sendo mais frequente na Amazônia, no Nordeste e no Centro-Oeste. Já a leishmaniose visceral é mais comum nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, mas também tem sido registrada em outras áreas do país.

Leishmaniose cutânea

A leishmaniose cutânea é causada por três espécies de Leishmania no Brasil: Leishmania amazonensis e Leishmania guyanensis, na região amazônica, e Leishmania braziliensis, distribuída por todo o país. Esses parasitas invadem as células da pele e das mucosas, provocando lesões ulceradas, que podem variar em tamanho, forma e número, dependendo da resposta imunológica do hospedeiro.

As lesões cutâneas costumam aparecer no local da picada do inseto, após um período de incubação que pode variar de duas semanas a vários meses. As lesões são indolores, mas podem sangrar e se infectar secundariamente por bactérias ou fungos. As lesões podem se curar espontaneamente, mas podem deixar cicatrizes inestéticas ou deformantes.

Em alguns casos, a leishmaniose cutânea pode evoluir para uma forma mais grave, chamada de leishmaniose mucosa, que atinge as mucosas do nariz, da boca e da garganta, causando ulcerações, perfurações e destruição dos tecidos. Essa forma é conhecida popularmente como “ferida brava” e pode levar a complicações respiratórias, auditivas, alimentares e estéticas. A leishmaniose mucosa pode surgir junto com as lesões cutâneas ou anos depois da cura das mesmas.

A leishmaniose cutânea pode afetar tanto cães quanto gatos, mas é mais comum nos felinos, que apresentam lesões nas orelhas, na face e nas patas. Os cães, por sua vez, podem apresentar lesões em qualquer parte do corpo, mas principalmente na cabeça, no focinho e nas extremidades.

Leishmaniose visceral

A leishmaniose visceral é causada pela espécie Leishmania infantum (também chamada de Leishmania chagasi), e é a principal forma desta doença no Brasil. Esse parasita invade as células do sistema imunológico, como os macrófagos, e se dissemina pelo organismo, afetando principalmente o fígado, o baço, os gânglios linfáticos e a medula óssea. Essa forma da doença é considerada a mais grave e pode ser fatal, se não for tratada a tempo.

Os sintomas da leishmaniose visceral podem demorar de dois a seis meses para se manifestar, após a picada do inseto. Os principais sinais são:

• Febre prolongada e irregular;
• Perda de peso progressiva;
• Fraqueza e anemia;
• Aumento do fígado e do baço;
• Alterações no sangue, como diminuição dos glóbulos vermelhos, dos glóbulos brancos e das plaquetas;
• Hemorragias nasais, gengivais ou intestinais;
• Imunodeficiência, que facilita o aparecimento de infecções oportunistas, como pneumonia, diarreia e tuberculose.

Como é feito o diagnóstico da leishmaniose em animais?

O diagnóstico da leishmaniose em animais é feito por meio de exames laboratoriais, que podem ser de dois tipos: diretos ou indiretos. Os exames diretos visam detectar a presença do parasita ou do seu DNA nas amostras coletadas dos tecidos infectados, como a pele, as mucosas, a medula óssea, os gânglios linfáticos ou o sangue. Essas amostras podem ser analisadas por microscopia, citologia, biologia molecular (PCR) ou histopatologia. Os exames indiretos visam avaliar a resposta imunológica do hospedeiro ao parasita, medindo os níveis de anticorpos ou de células específicas contra a Leishmania no sangue. Esses exames incluem os testes rápidos, a sorologia, a imunofluorescência indireta(RIFI) e a ELISA.
O diagnóstico da leishmaniose em animais deve ser feito o mais rápido possível, para que o tratamento seja iniciado logo e se evitem complicações. O diagnóstico também é importante para o controle epidemiológico da doença, pois permite identificar os casos, os reservatórios e os vetores, e adotar medidas de prevenção e de vigilância.

Como prevenir e tratar a leishmaniose em animais?

A prevenção e o tratamento da leishmaniose em animais são fundamentais para evitar a disseminação da doença e reduzir a sua morbidade e mortalidade. As principais medidas de prevenção e de tratamento

As principais medidas de prevenção e tratamento da leishmaniose em animais são:

• Evitar a proliferação do mosquito-palha, mantendo o ambiente limpo, livre de entulhos e acúmulo de lixo.
• Usar telas em portas e janelas para impedir a entrada dos insetos.
• Passear com os animais durante o dia, já que os mosquitos são mais ativos na parte da noite.
• Usar produtos que afastam os mosquitos transmissores, como coleiras ou repelentes de uso tópico.
• Fazer exames periódicos nos animais para detectar a infecção precocemente.
• Tratar os animais infectados com medicamentos específicos, sob orientação veterinária

Alguns dos exames disponíveis no Animal Pat Lab para o diagnóstico da leishmaniose em animais, são:

• Leishmaniose Canina (ELISA + Imunofluorescência Indireta): esse exame combina dois métodos sorológicos para detectar os anticorpos contra a Leishmania no sangue dos cães. O ELISA é um ensaio imunoenzimático que usa uma reação colorimétrica para indicar a presença de anticorpos.

• Leishmaniose com Diluição Total Canina: esse exame é uma variação da imunofluorescência indireta, que usa diferentes diluições do soro do cão para determinar a quantidade de anticorpos contra a Leishmania.

• Leishmaniose com Diluição Total Felina: esse exame é usado para detectar a presença de anticorpos contra a Leishmania no sangue dos gatos, usando o mesmo método da imunofluorescência indireta com diferentes diluições do soro.

• Leishmaniose Teste Rápido (Imunocromatográfico): esse exame é usado para detectar a presença de anticorpos contra a Leishmania em amostras de sangue canino, de forma rápida e com alta sensibilidade, sendo esta metodologia utilizada como exame de triagem sorológica.

• Pesquisa direta de Leishmania (Citologia): esse exame permite detectar a presença da forma amastigota da Leishmania em tecidos como pele, linfonodo e medula óssea, na forma ativa da enfermidade. A coleta do material biológico pode ser feito por punção aspirativa ou imprint das lesões cutâneas.

• Imunohistoquímica para Leishmania: esta técnica laboratorial permite a visualização da Leishmania em tecidos obtidos por biópsia de pele, sendo utilizada comumente a pele lesionada da ponta da orelha de cães com sintomas. A junção do antígeno com o anticorpo pode ser observada ao microscópio através de uma reação que induz uma coloração específica (cromógeno).

• PCR Leishmania (Biologia Molecular): esse exame detecta o material genético do protozoário Leishmania em amostras biológicas, como sangue ou medula óssea, permitindo um diagnóstico acurado desta enfermidade, sendo considerado o teste padrão ouro para Leishmaniose.

A leishmaniose em animais é uma doença grave, que pode afetar a saúde e a qualidade de vida dos nossos amigos de quatro patas. Por isso, é essencial fazer a prevenção, o diagnóstico e o tratamento adequados, com a ajuda de um profissional qualificado e de um laboratório de confiança. O Animal Pat Lab é o seu parceiro na hora de cuidar da saúde do seu animal, oferecendo exames de qualidade, rapidez e precisão. Entre em contato conosco e saiba mais sobre os nossos serviços.
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